terça-feira, 31 de maio de 2011

Leituras das miniférias

Na verdade, a grande leitura nesse tempo fora do ar foi o pequeno livro de Tony Judt Ill Fares the Land, do qual devo falar em breve. Na internet, o que me chamou a atenção:

- Howard Marks sobre a memória curta dos mercados (Market Folly).

- O novo (não tão novo, na verdade) paper de Nassim Taleb sobre os erros associados à probabilidades pequenas e suas consequências.

- O mercado imobiliário americano está afundando - de novo (The Big Picture).

- Peter Thiel, um dos fundadores do PayPal e dos primeiros investidores no Facebook, fala sobre a "má vontade" de Wall Street com as empresas do Vale do Silício (FT). Talvez com uma nova bolha sendo inflada ele consiga recuperar seu fundo, o Clarium, da performance desastrosa dos últimos anos (Seeking Alpha).

- Crônicas da moeda valorizada, parte n: comer na Fogo de Chão de Washington DC é mais barato do que em Brasília (Bloomberg).

- Tyler Cowen, o homem cujo dia tem (pelo menos) 50 horas, tem um perfil na BusinessWeek. Começa com um livro do Mangabeira Unger sendo jogado fora, isso deve atrair alguns leitores.

- Dambisa Moyo indica cinco livros sobre o declínio do Ocidente. Soneca, devo terminar o Dead Aid esta semana - concordo com boa parte dos argumentos contra a ajuda multilateral, mas estou achando as alternativas simplistas e meio arrogantes. Os argumentos dessa entrevista parecem sofrer dos mesmos problemas.

- Porque Keiko Fujimori será eleita no Peru.

- Belarus está vivendo seus dias de Brasil na década de 1980: desvalorização da moeda, preços tabelados, visitas do FMI... (The Moscow Times).

- Como ganhar (cientificamente) na roleta, partes 1 e 2 (Locklin).

- O melhor concurso de legenda para foto dos últimos tempos (IKN).

- A anti-leitura de Umberto Eco (Sergio Leo falando sobre artigo do The Guardian).

- O segundo melhor título de paper do ano. O primeiro segue sendo este.

- Líderes mundiais bebem cerveja (Slate).

- "Buffalo buffalo Buffalo buffalo buffalo buffalo Buffalo buffalo." Isso é uma frase em inglês (Wikipedia, dica do Veiga).

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Miniférias

O escriba estará de folga até o início da próxima semana. Sugiro que o leitor aproveite o tempo que gastaria lendo este blog para tentar achar uma prova para a conjectura de Goldbach e garantir uma medalha Fields e reconhecimento mundial.

terça-feira, 24 de maio de 2011

O Índice da Vida Melhor

A OECD lançou um site que permite criar um índice baseado em 11 variáveis de qualidade de vida (renda, ambiente, satisfação com a vida, etc) e compará-lo entre seus 34 membros (não inclui o Brasil), apresentando-o como uma simpática flor colorida. Pelo índice que montei, eu deveria considerar morar no Canadá. Como não tenho a menor vontade de mudar para lá, concluo que o índice deixa de fora alguma variável muito relevante, objetiva (clima?) ou subjetiva. De qualquer maneira, é, pelo menos, uma maneira muito interessante de apresentar dados.




Update: um gráfico da The Economist, com base no mesmo estudo:

Som (adiantado) da Sexta - Bob Dylan, 70

Como não vou conseguir postar na sexta, aproveito para me juntar às comemorações pelos 70 anos do grande Bob Dylan. Meu sentimento pelo Bob Dylan é bem parecido com o que o Nick Hornby descreveu: eu nem gosto tanto, mas, olhando para a minha coleção de discos, percebo que tenho mais obras dele do que de praticamente qualquer outro artista (talvez só menos que Neil Young, Miles Davis e John Coltrane), e isso dá uma boa medida da importância e influência do cara ao longo de muitos anos de carreira.

Certamente Dylan tem álbuns mais aclamados e mais influentes, mas o que mais ouço é Desire, de 1976, com o som bem puxado para o country-rock dos Byrds e Flying Burrito Brothers de Gram Parsons, com a excelente Emmylou Harris nos vocais de apoio.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Dose de literatura do dia - Mario Vargas Llosa

Cena que se passa em Belém, no começo do século passado (grifo meu):

Los dos policías enviados a capturar a Montt y Fonseca los conocían y, antes de llevarlos a la comisaría, se fueron a tomar unas cervezas con ellos. Se habían pegado una gran borrachera, en el curso de la cual los delincuentes se fugaron. Como no se podía descartar que hubieran recibido dinero para dejarlos escapar, los policías en cuestión estaban presos. Si se comprobaba la corrupción, serían severamente sancionados. "Lo siento, sir Roger - le dijo el cónsul -, pero, aunque no se lo dije, me esperaba algo de eso. Usted, que ha sido diplomático en el Brasil, lo sabe de sobra. Aquí es normal que pasen cosas así".

Trecho de El sueño del celta, último romance de Mario Vargas Llosa.

Leituras da Segunda-Feira

Hoje, me informa a Wikipedia, é dia da Segunda Defenestração de Praga. Alguns links jogados pela janela, em comemoração:

- Uma boa entrevista com Jim Grant, que tem defendido a volta do padrão-ouro (Associated Press). Salvos os títulos da dívida brasileira, concordo com a afirmação: "The trouble with the present is that nothing is actually cheap."

- Dois papers que achei interessantes, da última leva do NBER: um sobre o quão universal é o acesso à saúde pública no Brasil (pouco, como qualquer brasileiro deve desconfiar) e alguns padrões empíricos de moedas de países emergentes.

- O Financial Times não tira os olhos da suposta bolha imobiliária brasileira. Esse é o assunto que mais tem gerado comentários neste espaço, devo voltar a ele em breve.

- Centenas de livros sobre mercados e trading, para download (legalidade questionável).

- Christine Lagarde é a favorita para a sucessão do FMI, dizem os mercados (Intrade).

- Jason Zweig, do Wall Street Journal, indica cinco livros sobre finanças pessoais.

- Longa matéria sobre Edward Tufte, o "Leonardo da Vinci da apresentação de dados". O cara é tão unanimidade que dá para desconfiar, mas eu não consigo deixar de achar que o The Visual Display of Quantitative Information deveria ser leitura obrigatória para qualquer um que lida com apresentação de dados. (The Washington Monthly).

- O Aid Watch acabou, depois de grandes serviços prestados ao debate sobre desenvolvimento.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Som da Sexta - Christian Scott

Uma das melhores apresentações que já vi ao vivo.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Nova Bolha de Tecnologia x Consenso

Está na capa da última The Economist. Está na capa do caderno de negócios da Folha de hoje (citando o IPO do LinkedIn). Todo mundo acha que uma nova bolha de tecnologia está para estourar. Vai acontecer?

"When all the experts and forecasts agree -- something else is going to happen". Número 9 das famosas regras para investir do lendário Bob Farrell.

Update: as ações do LinkedIn estrearam hoje em Nova York - enquanto escrevo, sobem 93.9%. Benvindos a 1999.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O Santo Graal da Geopolítica e Macroeconomia Globais

Agora tudo passa a fazer sentido. Obrigado a quem me mandou por e-mail.

A Queda

Conceito maluco do dia

Quantum Money is a proposed design of bank notes making them impossible to forge, by using quantum physics. The idea influenced the development of quantum key distribution protocols used in quantum cryptography.
The idea was put forward in about 1970 by Stephen Wiesner, a graduate student at Columbia University, though it was rejected by a number of scientific journals, meaning that it remained unpublished until 1983.

Mais na Wikipedia.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Gráficos do dia - Bancos

Da reportagem especial da The Economist desta semana, sobre bancos (dá para baixar um pdf com a reportagem inteira aqui).





Como curiosidade: os ativos dos maiores bancos brasileiros, como percentual do PIB. Somos iniciantes nesse negócio de alavancagem.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Maldade do dia, edição européia

Acabei de receber:

Dominique Strauss-Kahn told by advisors that despite his Presidential prospects diminishing in France, they are looking increasingly good in Italy.

TV Folha entrevista Delfim Netto

15 bons minutos com a velha raposa.

domingo, 15 de maio de 2011

Edição de domingo - Drunkeynesian Tablóide

E assim seu Dominique Strauss-Kahn, diretor do FMI e virtual favorito para suceder de Sarkozy na presidência francesa, ameaça enterrar sua carreira. O ser humano é um bicho complicado, mesmo.

Na Folha, Strauss-Kahn nega acusação de abuso sexual, diz advogado.

No NY Times, Arrest Throws France Into Disarray and Disbelief.

sábado, 14 de maio de 2011

Descobertas do dia

A ignorância às vezes proporciona algumas epifanias:

1. Narayana Kocherlakota, presidente do Fed de Minneapolis, é um homem e;

2. Não tem cara de indiano (ainda que o sobrenome, me diz o Google, venha do sânscrito). Aqui tem mais sobre o cidadão, inclusive como pronunciar o nome.

O que importa, entretanto, é que Kocherlakota meteu-se a explicar a importância que o Fed tem atribuído ao comportamento dos preços de ativos (do WSJ):

“This recession and the relatively slow recovery we’ve gone through, a lot of it can be traced back to net worth,” Kocherlakota told reporters after a speech in New York Wednesday. “The fall in net worth is what drove us into recession” and “in those circumstances you can see why asset values, both for land and for stocks, are really going to be a central ingredient in the recovery process,” he said.
To ensure the recovery will take hold, it’s important for the Fed to help re-flate asset prices and given households and businesses a chance to rebuild and rebalance their respective financial positions, the official explained.
“In this kind of post financial crisis, post net worth driven recession, it makes sense to be thinking about asset value as a way to try to generate more stimulus than you do in a typical recession,” Kocherlakota said.


A idéia que quedas na riqueza levaram à recessão me parece, vamos dizer, vanguardista. Não há pelo menos uma inversão de casualidade aí? Outra observação derivada: preços de ativos costumam ser (ou costumavam, agora já não sei mais) a expectativa de um fundamento econômico (via fluxos de caixa ou animal spirits, para ficar em duas possíveis explicações). Na lógica de Kocherlakota (e, aparentemente, do resto do Fed) isso se inverteu. Na versão menos danosa, isso vai gerar material para milhares e milhares de páginas de teses marxistas sobre o fetiche da mercadoria nos nossos tempos. Sendo mais pessimista, está dado mais um sinal de que o sistema de preços de mercado vai seguir acumulando distorções. A triste e batida conclusão é que o capitalismo precisa ser salvo dos capitalistas.

P.S. Paul Krugman também tem problemas com Kocherlakota.

P.P.S. Isso é brilhante.

Update: este post originalmente é de quinta-feira (dia 12); fui consertar o tag e o Blogger republicou como se fosse novo.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Som da Sexta Especial - Stevie Wonder, 61

1Hoje um dos maiores gênios vivos da música pop completa 60 anos 61 anos - presepada minha, os 60 foram no ano passado (podendo ter encerrado a carreira aos 30, com 99% da genialidade garantida). Um Top 5 pouco pensado, sem qualquer ordem, para homenageá-lo:

1. Boogie On Reggae Woman (Fulfillingness' First Finale, 1974)



2.Sir Duke (Songs In the Key of Life, 1976)



3. I Love Every Little Thing About You (Music of My Mind, 1972)



4. Lately (Hotter Than July, 1980)



5. I Was Made To Love Her (I Was Made To Love Her, 1967)



Para completar... feliz aniversário, monstro.



O Guardian faz uma retrospectiva da carreira dele.

Gráfico do dia - Bovespa x Economia Brasileira

De um relatório da Nomura, ilustrando como a Bovespa representa mal a economia do país.


Atendendo a um pedido, o relatório completo.

Ops...

O Blogger comeu meus posts de ontem... será que eles voltam?

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Leituras dos últimos dias

Ainda bem que inventaram o Instapaper:

- Bill Gross x Ben Bernanke: o PIMCO Total Return (US$ 240 bilhões em ativos) aumentou as posições vendidas em títulos do tesouro americano (Zero Hedge).

- A segunda parte da carta trimestral de Jeremy Grantham (GMO).

- A ingrata tarefa de explicar movimentos de mercado: o que causou a queda violenta no petóleo na semana passada? Eu sigo achando que a única resposta honesta é: havia mais vendedores do que compradores (Reuters).

- Mais uma para a lista de façanhas do MIT: colocar no mercado um título com vencimento em 100 anos (WSJ).

- A surpreendente venda do Skype para a Microsoft. Meg Whitman deve estar sem dormir até agora (Bloomberg).

- Brasil = Turquia = Austrália (A Mão Visível).

- Dani Rodrik sobre instituições não-econômicas, políticos e democracia (Project Syndicate).

- Francis Fukuyama sobre Hayek (NY Times).

- Procura-se um Nicholas F. Brady europeu (Barry Eichengreen para o Project Syndicate).

- O que Esther Duflo lê (boston.com, via Marginal Revolution).

- O segundo turno das eleições no Peru será disputadíssimo (IKN).

- A tal da entrevista de Woody Allen que recomendou Machado de Assis. Não é uma lista de "5 melhores livros", como os patriotas quiseram propagandear (The Browser).

- O fim do New York Times (Slate).

- Depois de resolver a conjectura de Poincaré e rejeitar uma medalha Fields, Grigori Perelman alega poder controlar o universo (Pravda, dica do Salgado).

- O obituário da The Economist para Osama bin Laden é uma obra-prima.

- Como transformar Curtindo a Vida Adoidado em um filme da Sofia Coppola. Não gostei do último dela (Um Lugar Qualquer).

Gráfico do dia - Risco

Praticamente fala sozinho. Como diz um grande amigo, tomar risco é para otários.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Jeremy Grantham, Thomas Malthus, Jonathan Franzen

Já citei Jeremy Grantham aqui algumas vezes. Grantham é a cara mais conhecida da gestora de fundos GMO, sediada em Boston. Parte da reputação adquirida pela GMO nos seus quase 35 anos de existência pode ser atribuída à fiel adesão de Grantham à idéia que, no mercado financeiro, há menos mudanças de paradigma do que o espetáculo público propagandeia (esta vez quase nunca é diferente); daí a atenção atraída quando tal figura falou, na sua última carta trimestral, de uma mudança secular na dinâmica de preços de commodities.

Alguns aspectos interessantes da análise de Grantham (vale a leitura da íntegra, de qualquer forma).

1. Thomas Malthus estava certo, mas, como na tira do Laerte, o ano errou.

2. Crescimento exponencial não é sustentável, assim como árvores não crescem até o céu. Parece óbvio, mas é uma verdade ignorada por boa parte da análise econômica e de empresas que é produzida por bancos, consultorias e corretoras.

3. Freedom, de Jonathan Franzen, foi, possivelmente, o romance americano mais aclamado do ano passado. Uma das preocupações do protagonista, Walter Berglund, também é o crescimento da população e a preservação ambiental. O tema, definitivamente, pertence aos nossos tempos.

4. Grantham coloca dinheiro no que fala: montou, em 1997, uma fundação "para ajudar a proteger e aperfeiçoar a saúde do ambiente global".

Free Exchange, Marginal Revolution, Paul Krugman e Tim Worstall têm opiniões sobre o assunto.

Portugal, que tristeza

Com tantas glórias no passado, hoje resta aos portugueses tentar convencer a Finlândia de que eles são merecedores de ajuda da União Européia.



Via Sergio Leo.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Resistência ao Capitalismo

Angeli, na Folha de hoje:

domingo, 8 de maio de 2011

Edição de domingo - futebol

Como fazer a população financiar involuntariamente o futebol: um banco irresponsável dá crédito para os clubes, e, quando quebrar, vai ser socorrido pelo FGC e/ou Banco Central.

Da Folha: Presente na maioria dos clubes, BMG já é maior credor bancário

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Som da Sexta - Otis Redding

O rei do soul. 

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Dados do dia - mercado imobiliário brasileiro

Da The Economist que saiu hoje:

In select parts of Brazil’s big cities, property prices are certainly racing ahead. IBOPE Inteligência, a research firm pioneering the country’s first statistically sound house-price index, says that in 2010 the average price of a new apartment in São Paulo rose by around a quarter and by much more in the poshest areas. Estate agents claim prices in such choice locations are up by 80% in three years; and that in similar parts of Rio de Janeiro, boosted by the discovery of huge oil reserves off the coast and the prospect of hosting the Olympics in 2016, they have doubled.

Dois comentários:

1. Não conhecia esse projeto do IBOPE; muito bom que alguém tenha se metido a compilar decentemente dados do mercado imobiliário por aqui;

2. Como já escrevi aqui, o fato de termos os maiores juros de um dia do mundo faz com que essas variações de preços de imóveis ao longo do tempo pareçam mais impressionantes do que realmente são, levando em conta o custo do dinheiro. A mídia precisa aprender a levar isso em conta.

P.S. As postagens andam devagar... ando numa combinação de muita coisa pra fazer + alto grau de procrastinação. Deve melhorar, em breve.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Gráfico do dia - Horas trabalhadas

Na amostra da OECD, os mexicanos são os que mais trabalham.



Washington Post, via Marginal Revolution.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Piada pronta do dia

Da última The Economist:

The British high commissioner to Malawi was told to leave the country. This came after the leak of a diplomatic cable in which he said that Bingu wa Mutharika, the Malawian president, did not tolerate criticism.

Leituras acumuladas das férias

- O cisne negro do Cairo, por Nassim Taleb e Mark Blyth (Foreign Affairs).

- Baruch relê Peter Lynch e aconselha os investidores individuais a ir contra o senso comum de finanças pessoais e comprar ações diretamente (Ultimi Barbarorum).

- Um alerta para o endividamento do brasileiro, que gasta, em média, mais para servir a dívida do que os americanos no topo do boom de crédito (FT, via Marginal Revolution).

- "We need more monetary historians and historians of economic thought and fewer model-builders. We need more Eichengreens, Shillers, Akerlofs, Reinharts, and Rogoffs – not to mention a Kindleberger, Minsky, or Bagehot." Brad DeLong sobre a crise na ciência econômica (Project Syndicate).

- O WSJ descobre o que qualquer turista brasileiro tem experimentado em viagens para o exterior: o Brasil é um lugar caríssimo para se viver (Wall Street Journal).

Oh, really?

- Robert Skidelsky, o biógrafo de Keynes, aponta para um conflito entre democracia e mercados. Não concordo totalmente com a argumentação (não acho que a precificação de dívida soberana seja feita de forma tão errada pelo mercado, mas de fato é difícil descobrir se a alta de juros pelo mercado leva a uma situação insustentável na dívida ou o contrário), mas vale a leitura (Project Syndicate).

- George Soros sobre Hayek (Politico e Slate).

- Lógica x crença (Indexed).

- A piauí abriu as tão comentadas memórias do Pérsio Arida para não-assinantes (piauí).

- Algumas das gravações mais importantes da história do jazz foram descobertas, mas você não pode ouví-las (Abajournal).

- O Código Walter Lantz: alguns desenhos antigos do Pica-Pau escondiam obras de arte moderna. O Pica-Pau doidão é o personagem de desenhos animados favorito da casa; eu sempre soube que aquilo era alta cultura (NY Times). O episódio em questão pode ser visto aqui (com o som original) ou aqui, com a impagável dublagem em Português.