sexta-feira, 29 de abril de 2011

Som da Sexta - Archie Shepp

Mais um gigante do jazz doidão que desembarca em São Paulo (dias 28 e 29 de maio) via SESC.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Voltando... (e também Keynes x Hayek)

Ainda não consegui voltar à rotina; por enquanto, fiquem com a segunda parte da fantástica batalha de MC Keynes contra MC Hayek, via EconStories:

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Férias (pequenas, mas férias)

Ficarei afastado do blog por um tempinho, pelo melhor dos motivos. Volto ainda este mês.

A foto é de Tulum, México, mas não é pra lá que eu vou.

Som da Sexta - Vampire Weekend

Está chegando...

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Gráfico do dia - música e sexo casual

A pesquisa confirma que Nirvana e Metallica são rock n' roll. Mais no tastebuds blog.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Leituras da quarta-feira

Minha criatividade anda fazendo novas mínimas; resta recorrer a outras cabeças melhores:

- Tyler Cowen está por aqui, e se mete a responder a pergunta de vários milhões: por que os juros reais são tão altos no Brasil? (Marginal Revolution)

- Quer aumentar os lucros em 67%? Corte a provisão para devedores duvidosos em 83%. Balanços de bancos são peças de ficção (Bloomberg).

- 120 anos de preços de imóveis nos EUA (The Big Picture).

- A turma da Schroders (que, apesar do nome, é britânica) fala sobre a Alemanha e o futuro da zona do euro (Scribd).

- O fórum da The Economist discute a utilidade da aplicação de controle de capitais (Economics by Invitation).

- Dani Rodrik, seu encontro com Saif Qaddafi e o dilema moral de ajudar ditaduras (Project Syndicate).

- Um bom texto de Scott Sumner resumindo sua defesa da substituição de metas de inflação por metas para o PIB nominal (Adam Smith Institute).

- Muita gente está lendo o Capitalismo de Laços, do qual o Elio Gaspari falou aqui. Eu comecei e parei antes da metade, devo retomar em breve (Leonardo Monasterio, De Gustibus, Raciocínios Espúrios).

terça-feira, 12 de abril de 2011

Japão - o sol está se levantando?

Edward Chancellor, autor do quase clássico Salve-se quem puder, dá uma rara visão otimista sobre o Japão.

Edward Chancellor - Japan

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Qual a melhor legenda para a foto?

Minha criatividade está em baixa, mas não podia deixar passar. Conto com a colaboração dos leitores:

I still haven't found what I'm looking for...

No G1, Mantega recebe Bono em São Paulo.

Leituras da segunda-feira

- Seguir tendências no mercado financeiro funciona desde David Ricardo (Au.Tra.Sy).

- A PIMCO dá mais um passo na aposta contra os títulos do tesouro americano (Yahoo! Finance).

- Atualização da ótima lista de Barry Ritholtz de livros, regras e aforismos sobre trading (The Big Picture).

- A gigante de commodities Glencore deve fazer esta semana o maior IPO da história da bolsa de Londres (Financial Times).

- Barry Eichengreen acredita em um mundo mais estável, mas, possivelmente, só depois de mais algumas crises (Project Syndicate).

- Raghuram Rajan e os três caminhos para democracias endividadas. Nenhum parece particularmente brilhante (Project Syndicate).

- Glória Maria foi a Cingapura entrevistar o lendário Jim Rogers. Impagável ver um multimilionário trazendo as crianças da escola de bicicleta, na chuva, enquanto há quem diga que é "impossível" criar um filho sem babá full-time (Globo).

- Novo pensamento econômico = ler os livros antigos (Mark Thoma).

- "Nós não vamo paga nada": a Islândia rejeita novamente uma compensação para os credores do Icesave (WSJ).

- A disputa acirrada para a presidência do Peru (El Comercio).

- Mais um grande cineasta deixa o mundo sem ter ganhado um Oscar: Sidney Lumet. Seus filmes mais famosos (Telegraph) e sua paradoxal relação com o reaganismo (New Yorker).

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Holy crap - Drunkeynesian em Inglês

Num momento Pinky & Cérebro (mais Pinky do que Cérebro, claro), resolvi tentar conquistar o mundo e lançar uma versão deste blog em Inglês. Não sei se vai ter público, não sei se vou conseguir manter as atualizações sincronizadas. Sei que provavelmente vou passar vergonha com meu Inglês da Pink & Blue. Enfim... para os eventuais interessados, uma versão beta está lá: http://thedrunkeynesian.blogspot.com.

Camarada Renato, torturado e banqueiro

Conheça o segundo mais famoso ex-militante da VAR-Palmares (o primeiro atende pelo nome de Dilma Rousseff e preside um país ao sul do Equador): Persio Arida, um dos maiores economistas do Brasil, ex-presidente do Banco Central e sócio do BTG Pactual. Em 1970, aos 18 anos, Persio foi preso e torturado. A história eletrizante (ainda que eu não tenha gostado muito do estilo), guardada esse tempo todo, é um capítulo de uma autobiografia que vai ser lançada ainda este ano, e ocupa boa parte da última piauí. Ainda não está no site, deve aparecer por lá em breve - vale muito a leitura..

Som da Sexta - Gal Costa

Há uns 40 anos, bem antes de existir twitter e pessoas que o usam para descer a lenha no técnico de ar condicionado que deu o cano, Gal Costa reinava. Esta música aparece bastante no romance malucão (e muito bom) Pornopopéia, de Reinaldo Moraes.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Carlos Slim e Eike Batista não têm vez

Tio Patinhas volta ao topo da lista dos personagens de ficção mais ricos. Pensando bem, dependendo do critério, seu Eike também poderia concorrer nessa categoria.

Apresentação de "Trabalho Interno"

Não lembro quem me mandou ou de onde tirei, mas tinha ficado de colocar aqui: esta é uma apresentação do documentário Trabalho Interno; útil para identificar os (muitos) personagens, e tem um bom glossário no final. Minha crítica do filme está aqui.

Inside Job - a presentation

Carry Trade ❤ Mantega

E quando alguém pensou que dessa vez viria algo de impacto...

Dólar futuro mai/2011, BM&F

Alguém deve ter essa estatística, mas chuto que em mais de 90% das ocasiões quem apostou na direção contrária das medidas (i.e., comprando reais e vendendo dólares) se deu muito bem.

Mais no UOL. A Reuters fez uma ótima compilação das enxugadas de gelo medidas adotadas até agora.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A turma do "deixa cair" e a turma do "segura"

O debate entre os economistas que frequentam as colunas dos jornais brasileiros tem se concentrado na elusiva relação entre câmbio e inflação: o Banco Central deve ou não deixar o câmbio se valorizar (mais) para se beneficiar com um suposto impacto benigno nos índices de preços? De um lado estão os ortodoxos, muitos deles ex-diretores do BC (Mário Mesquita, Pérsio Arida, Alexandre Schwartsman), que têm defendido o fim das intervenções no câmbio, para que o real atinja o equilíbrio em um patamar mais valorizado e isso provoque um choque deflacionário na economia. Do outro, a velha guarda que não segue a cartilha neoclássica (Delfim Netto, Belluzzo), dizendo que mais valorização prejudicaria ainda mais a indústria nacional e que parte importante do problema está na diferença entre os juros pagos pelo governo brasileiro e o resto do mundo.

Há algumas perguntas a serem respondidas:

1. Uma valorização adicional do câmbio seria suficiente para causar um efeito notável na inflação? Creio que não. A valorização do real é a correspondência de uma desvalorização global do dólar, e as demais moedas comparáveis à brasileira têm apresentado movimentos de grandezas parecidas. Acreditar que a presença constante do BC no mercado é um fator tão preponderante na formação da taxa de câmbio é ignorar diversos episódios em que atuações agressivas de bancos centrais foram derrotadas. Até agora não vi nenhuma boa estimativa de quanto o câmbio é menos valorizado por conta das compras do BC, mas, acredito levianamente, isso é uma questão de 5% ou 10%, nada que faria com que os preços de importações caíssem a ponto de influenciar decisivamente a trajetória dos índices de preços.

2. O mesmo raciocínio vale para a influência do câmbio na industrialização: dado que o país já aceitou uma valorização nominal de cerca de 25% nos últimos cinco (ou dez) anos, qual o efeito, na margem, de mais, digamos, 5% de valorização? Em todo esse tempo, muito pouco foi feito para melhorar a competitividade da indústria brasileira, seja em investimentos de infraestrutura ou na escolha de setores com potencial para gerar inovação e empregos (preferiu-se criar as "supercampeãs" de commodities, e é melhor não pensar de onde o país vai tirar moeda estrangeira quando o ciclo virar).

3. Continuo sem saber se dona Dilma & seu time têm um projeto de médio / longo prazo para a economia do país. Até agora tudo o que se viu foi um arremedo de corte no orçamento, uma promessa de cortar juros "quando for possível" e alguns tiros de festim na "guerra cambial". É pouco, sobretudo considerando a aura de "potência do século XXI" que já nos foi atribuída.

Gráfico do dia - Livre Mercado e o Brasil

O Brasil é o segundo país (de uma amostra de 25) onde os entrevistados mais concordam com a noção de que um sistema de livres mercados é o melhor - o primeiro se considerarmos somente os que "concordam fortemente". Será que a pesquisa foi feita na porta da PUC-RJ? Mais na The Economist.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Dado do dia - termos de troca

De uma matéria sobre a Austrália da última The Economist, citada (e muito bem adaptada para o caso brasileiro) pelo A Mão Visível:

Five years ago a shipload of iron ore bought 2,200 flatscreen TVs, says Glenn Stevens, governor of the Reserve Bank of Australia (RBA). Now it buys 22,000.

Brutal, não?

"Small government"

Dilbert de hoje:

Dilbert.com

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Leituras da segunda-feira - o outono chegou de vez

- Os hedge funds americanos que mais ganharam em 2010 não foram necessariamente um bom investimento para seus cotistas (NY Times).

- Scott Locklin sobre correlações e porque a produção de manteiga em Bangladesh pode "explicar" o movimento das ações nos EUA (Locklin on Science). Ele não gostou da história das Hathaways.

- Hugh Hendry e uma visão bastante peculiar do afrouxamento quantitativo (Scribd).

- Novo paper de Barry Eichengreen sobre crescimento rápido e a China: "In some circles, the assumption is pervasive that China will continue to grow rapidly. Equivalently, it is assumed that China will be able to avoid the middle income trap and jump to upper-middle-income-country status. But it is worth recalling that only a small group of countries successfully completed this transition in the second half of the 20th century, while a much larger group, in Latin America for example, are still struggling to escape the middle income trap. Given China’s huge size and daunting array of structural challenges, completing this transition is far from a fait accompli." (NBER)

- Chris Blattman fala sobre o novo livro de Dani Rodrik.

- As diferenças regionais de renda no Brasil diminuíram (Folha).

- Mais um ótimo blog está saindo de campo (A Mosca Azul).

- A FEA faz o resumo que eu queria ter feito do I Encontro Nacional dos Blogueiros de Economia. Eu achei o evento muito bom para uma primeira edição, mas deixo duas sugestões construtivas para as próximas: tentar colocar gente de opiniões mais diversas nos painéis (não precisa chegar ao cúmulo de chamar o Luis Nassif, mas os participantes eram muito concentrados em um círculo que passou pela UFRGS em algum momento) e trazer algum escriba estrangeiro.

- Kenneth Rogoff sobre a criação de conselhos fiscais independentes (Project Syndicate).

- Juliet Lapidos assistiu a todos os filmes do Woody Allen (Slate).

- Por que viajamos? Paul Theroux responde (roubado do Leonardo Monasterio).

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O grande evento esportivo do fim de semana

Não é o clássico italiano entre Milan e Inter no domingo, valendo a liderança do Calcio. Um dia antes mais de um bilhão de pessoas devem parar para assistir à final da copa do mundo de críquete. Em Mumbai, a equipe da casa busca o primeiro título em 28 anos, contra o Sri Lanka. Por que prestar atenção no críquete? A ESPN responde.

Com a benção de Shiva.

Update: E deu Índia. E deu Milan. E o Real Madrid de Mourinho está vendo o Barcelona botar mais alguns dedos no tri.

Taleb e Fama, a conciliação

Nada como o passar do tempo:  Nassim Taleb e sua antiga Nêmesis, Eugene Fama, estão iniciando um trabalho conjunto para o que Taleb apresenta, com sua tradicional falta de humildade, como "uma reforma completa nas bases do estudo de finanças". Em comum os dois já tinham a proximidade com Benoit Mandelbrot, que orientou Fama no doutorado e foi um parceiro de pesquisas frequente de Taleb até sua morte, no ano passado.

Não consigo imaginar o que a combinação de mercados eficientes e cisnes negros vai gerar, mas Fama já afirmou que as discussões iniciais têm sido muito produtivas, e que a linha de pensamento dos dois tem "muito mais pontos em comum do que poderia se imaginar". Outra curiosidade é que a aproximação dos dois deu-se numa festa promovida pela princesa Caroline de Mônaco na semana seguinte ao Fórum Economico Mundial de Davos. Sobre a tal festa, Taleb disse: "não me lembro direito do episódio, estava com Nouriel [Roubini] e tínhamos tomado muito vinho libanês". Especula-se que a editora Random House já tenha adiantado US$ 3 milhões pelo livro que está sendo escrito a quatro mãos, a ser lançado ainda neste ano.

Mais na Bloonberg.

Som da Sexta - Keith Jarrett

Porque esse cidadão tocará em São Paulo na próxima quarta-feira, e, numa dessas crueldades que esse troço de expectativas proporciona, qualquer coisa menos que antológica será uma decepção.