segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Aula de Geografia

Em momentos de crise e incerteza, nada como contar com fontes confiáveis e bem informadas:


A inflação nos EUA, desde o seu ano de nascimento

O que mudou nos últimos 30 anos:



Faça o seu próprio.

Via The Big Picture.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

"piauiense"


Via xkcd.

Frase(s) do Dia - Tim Geithner em Davos

"O momento keynesiano passou. Agora, somos todos falcões fiscais."

Tim Geithner, secretário do tesouro americano, acenando com a volta do fundamentalismo de mercado, citado pela Folha. A charge abaixo, que apareceu em setembro do ano passado, foi mesmo presciente:

Som da Sexta - Kenny Rogers & First Edition

Acompanhado das antológicas cenas com Jeff Bridges e Julianne Moore em "O Grande Lebowski", revisto recentemente.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Previsibilidade: bom para quem?

Na última semana, deixei passar uma matéria do Cristiano Romero no Valor que chamava a atenção para um interessante estudo feito por dois professores do Insper (Rodrigo da Rosa Borges e José Luiz Rossi Júnior, o primeiro não citado no jornal) sobre como as atuações do Banco Central no mercado de moeda estrangeira aumentam a previsibilidade da taxa de câmbio (reduzem a volatilidade) e, indiretamente, o lucro dos especuladores. Depois de muita econometria, lê-se na conclusão do trabalho:

Ao longo desse trabalho, foram encontrados indícios significativos de que o Banco Central tende a intervir no mercado contra uma tendência em curso da taxa de câmbio. Se esse é o caso, e essa percepção esta suficientemente difundida entre os agentes privados, toda vez que o Banco Central atua, a convicção dos especuladores em uma determinada direção da taxa de câmbio será reforçada, dado que a intervenção oficial por parte de um órgão que possui informações privilegiadas acerca do mercado de câmbio estaria sinalizando mais claramente uma tendência que ele estaria tentando suavizar.

Esse "reforço de convicção" faz com que uma simples estratégia de acompanhar médias móveis tenha retornos significativamente positivos em períodos de atuação do BC. No caso recente, como a tendência clara é de valorização do real, a estratégia em questão faria com que especuladores atuassem na ponta contrária a do BC (BC comprando dólares, mercado vendendo), o que implica, enquanto a atuação da autoridade monetária não causa uma desvalorização abrupta da moeda, em uma transferência de dinheiro do setor público para os players do mercado financeiro (as flutuações do câmbio são mais do que compensadas, ao longo do tempo, pelo diferencial de juros entre aplicações em reais e aplicações em dólares). Em Português claro, o BC faz a vida dos especuladores mais fácil, suavizando os movimentos da taxa de câmbio, indicando a direção percebida do mercado e arcando com o custo das reservas / swaps reversos. Para os professores, entretanto:

Provavelmente em seu entender, esse custo é mais do que justificado pelos benefícios trazidos por um gerenciamento cauteloso do regime cambial e das reservas. A julgar pelos resultados obtidos até aqui em termos de indicadores macroeconômicos, a estratégia parece estar funcionando.

Está? Ficou para um próximo estudo provar que o tal gerenciamento cauteloso do regime cambial explica a melhora de indicadores macroeconômicos (isoladas outras variáveis). Outro aspecto que o trabalho não menciona é que a tal previsibilidade do BC tem um efeito colateral importante: o ciclo descrito acima faz com que as posições de carry tornem-se mais atrativas, com o Brasil oferecendo uma combinação quase única de certa estabilidade macroeconômica, juros altos e um banco central que atua de forma regrada. Essa atratividade traz mais recursos em moeda estrangeira para o país, o que aumenta a necessidade e o custo das intervenções no mercado.

Num país onde se tem pouco respeito pelo dinheiro do contribuinte, as críticas para esse tipo de atuação são quase inexistentes: há um certo consenso que previsibilidade é um valor conquistado, e que a trajetória da moeda não deve ser alterada artificialmente. Paradoxalmente, da forma como opera, o BC atrai recursos para o país que podem gerar uma valorização no câmbio que também pode ser chamada de "artificial" (provavelmente parte do fluxo especulativo não apareceria caso o comportamento do câmbio não fosse tão previsível). Não à toa, novamente, temos visto intervenções agressivas do BC no mercado não gerando nenhum efeito significativo na taxa de câmbio. Parece que o Banco Central joga para a platéia, atendendo a uma demanda da Fazenda e de outros setores do governo e lavando as mãos dizendo: "eu fiz o possível, seria pior se não tivesse atuado".

Falta os formuladores de políticas do Brasil perceberem que a era de "fundamentalismo de mercado" está acabando, e que não necessariamente o que é bom para o mercado financeiro é igualmente bom para o país. Na ausência de uma política econômica clara (não acho que haja um consenso em Brasília sobre, a essa altura, se é preferível ter um câmbio valorizado ou desvalorizado), temos pagado caro por uma tranquilidade aparente que, num primeiro grau, só beneficia o mercado financeiro. Não tenho absolutamente nada contra especuladores per se (até porque, de alguma forma, meu trabalho se encaixa nessa categoria). Especuladores são animais adaptáveis, que operam em função de um determinado ambiente. Atualmente o Brasil cria, às custas do contribuinte, um ambiente quase ideal para ganhos especulativos, com efeitos não claramente benignos para o a economia. É hora do governo tomar posição no debate, para pelo menos sabermos qual causa está sendo beneficiada com esses gastos.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Leituras do aniversário de São Paulo

- Jeremy Grantham e os búfalos de Pavlov (GMO).

- PIMCO falando dos bancos centrais pelo mundo (sentimos a falta do Paul McCulley).

- Hugh Hendry, favorito da casa, teve um 2010 médio (Street Sleuth).

- Uma rara aparição de Jim Simons, provavelmente o gestor de fundos de maior sucesso nos últimos anos (Paul Kedrosky).

- Uma criativa apresentação sobre a economia americana, usando um Moleskine e guardanapos (Cravens Brothers).

- Robert Shiller indica cinco livros sobre as características da humanidade essenciais para o capitalismo (Five Books).

- A prefeitura do Rio quer emitir títulos para financiar as obras dos Jogos Olímpicos. Já sabemos quem vai acabar pagando (FT).

- O Copom e o aquecimento global (The piauí Herald).

- O melhor jogador de tênis da história pode não ser quem você pensa (Paul Kedrosky).

- Uma aula de economia monetária, pelo professor Delfim Netto (Folha). Conclusão: "E ainda há quem acredite que nossa taxa de câmbio é determinada pelos "fundamentais"!"


- Do que Obama falou ontem (Zero Hedge), íntegra no WSJ:

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Do que vai se falar em Davos

Nova realidade do futuro global. Ou algo assim. Booooooooooring...


Som da Sexta - Led Zeppelin

Led Zeppelin é das coisas que eu ouvia há 15 anos, ouço hoje e devo continuar ouvindo por bastante tempo.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Gráfico do dia - Vinho x Petróleo

A correlação é espúria, claro. O gráfico serve de ilustração para a alta quase indiscriminada de preços de ativos nos últimos anos. Mais na The Economist.

Coisas que acontecem após o Copom subir os juros

- A FIESP, a FIRJAN, a Força Sindical, a CNBB e a ASPET declaram que "a alta de juros é um absurdo, mais ainda em um país que já tem os maiores juros do mundo, vai constranger o investimento e causar demissões".

- Os exportadores reclamam que a alta de juros vai servir para valorizar ainda mais o câmbio.

- Os bancos sobem imediatamente todas as suas taxas e aproveitam para dar uma "puxadinha" no spread, já que 187% não são suficientes para garantir uma rentabilidade consistente.

- Os economistas e analistas de mercado analisam cada palavra do comunicado do Banco Central, como se aquilo tivesse sido escrito por Júpiter. Por que nunca ocorreu a um banco contratar um linguista de plantão?

- Os fundos de pensão comemoram a alta nos juros reais por terem mais um período de moleza para cumprirem suas metas.

- Os ortodoxos dizem, com palavras mais suaves, que a alta não será suficiente para segurar a inflação, que falta testosterona aos diretores do Banco Central e que, continuando assim, repetiremos o caos da República de Weimar.

- Os heterodoxos se declaram surpresos pelo Banco Central não ter considerado cortar os juros.

- Os traders alegam que o movimento na curva de juros era esperado e que estão colocando os lucros no bolso.

- A turma do Ministério da Fazenda comemora o novo material para poder cutucar o Banco Central.

- A Folha publica o estudo do mestre Jason Vieira que mostra que o Brasil já passou mais tempo na liderança do ranking de juros reais do que o Federer na classificação da ATP.

- Algum consultor de finanças pessoais diz que é vantajoso aplicar em fundos DI, já que a Selic está subindo.

- As emissoras de TV tiram do arquivo as imagens da Casa da Moeda imprimindo notas de 100 reais e as tomadas de todos os ângulos possíveis do prédio do Banco Central, em Brasília.

- O Mané da padaria, o Silvestre do açougue, o João da barraca de tomates na feira e o Giuseppe da cantina estudam a decisão do Copom, concluem que o país está entrando num ciclo de política monetária contracionista e de crédito mais escasso e reconsideram suas decisões de aumentar os preços. Ops... No mundo real não é assim que funciona?

- O mercado se prepara para acordar cedo na quinta-feira seguinte e exercitar seu masoquismo lendo "a ata".

- A vida segue praticamente igual para cerca 99.7% dos brasileiros, que tem coisas mais importantes pra se preocupar.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O não fim do euro

Fatos mudando, e eu mudando o que penso. Há uns seis meses eu escrevi um texto dizendo que esperava o fim do euro para breve, seja porque os países com problemas não iam aguentar o ajuste fiscal necessário para continuar com a moeda ou porque a Alemanha não estaria disposta a cobrir o buraco nas contas daqueles países. Passado o tempo, parece que, apesar da retórica, os países ricos estão optando por uma solução conciliatória -- no caso específico da Alemanha, parece preferível financiar a dívida da periferia a ter que conviver com um novo marco alemão supervalorizado (ou entrar numa guerra, essa pra valer, pela desvalorização). No futuro, talvez os eleitores europeus votem contra a brutalidade do ajuste nominal ou o financiamento compulsório da dívida de outros países; por enquanto, por vias tortas, a tal integração fiscal está ocorrendo, e isso é o suficiente para que o euro ganhe uma sobrevida, sabe-se lá a que nível.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A bonança e os idiotas

Veja o que escreveu o irlandês Colm Tóibín em (ótima) matéria para a última piauí:

"Atingimos pleno emprego. A todo momento eu via estatísticas demonstrando que a Irlanda tinha se tornado um país de sucesso, uma lição para o resto do mundo. Políticos, incluindo alguns dos maiores idiotas que a Irlanda já produziu, competiam entre si reivindicando o crédito pelo que ficaria conhecido como o Tigre Celta."

Hoje, no Brasil, temos 6.5% de desemprego (menor dos últimos vinte anos). O "pai" do acrônimo BRIC, Jim O'Neill, diz que "é patético chamar esses quatro países de mercados emergentes" e o Ministro da Fazenda dos últimos anos aparece posando para capa de revista (ver ao lado) dizendo que "o Brasil saiu da retaguarda para a vanguarda do debate econômico mundial."

Assim como Roma não foi feita em um dia, a crise está nos ensinando que não se leva uma nação do atraso para a vanguarda em poucos anos. A Irlanda é o exemplo mais evidente disso; por aqui, ainda que ninguém acredite que nos tornamos um país desenvolvido e livre de problemas sociais (a despeito da melhora significativa em muitos indicadores, onde algum mérito do governo Lula não pode deixar de ser reconhecido), não faltam os idiotas reivindicando o crédito por um sucesso em termos globais que é relativo (nunca foi tão fácil falar mal das economias dos países desenvolvidos) e tem muito de sorte.

A Irlanda vendia prosperidade baseada em um câmbio valorizado e crédito fácil e barato. No Brasil, com o crédito ainda muito caro e longe do que se poderia chamar de bolha, boa parte da bonança deve-se aos preços de commodities mais altos em gerações e à consequente apreciação da taxa de câmbio. Aproveitar a bonança, claro, não é o problema, mas sim esperar que ela se estenda indefinidamente. O Ministério da Fazenda espera que o país cresça, em média, 5.9% ao ano durante o mandato de Dilma. Pode ser que sigamos vivendo a era do "nunca antes na história deste país", mas o fato é que o Brasil não tem um período de quatro anos com esse crescimento médio desde o terminado em 1980, na rabeira do "milagre", tendo, naquela época, partido de uma base muito menor (não à toa seis dos dez maiores crescimentos do mundo na última década estão na África subsaariana). Desde então, a média do crescimento do PIB foi de modestos 2.85% ao ano. Imagino que o governo esteja baseando todos os cálculos de trajetoria da dívida e superávit fiscal nessa premissa pouco factível, o que deve nos levar a tomar um cuidado adicional com qualquer projeção vinda de Brasília.


Comecei o ano relativamente otimista com o novo governo. Achava que o pragmatismo iria superar a arrogância e o imobilismo. 18 dias não foram suficientes para que eu mudasse totalmente de ideia, mas confesso que, pelo visto até agora, o mais razoável a esperar da gestão econômica do Brasil é mais do mesmo, com a diferença que o futuro não deve ser tão generoso quanto o passado. No campo fiscal, fala-se que uma "reorganização" dos gastos deve bastar para melhorar a situação, assim como basta "reorganizar" a malha aérea brasileira para compensar décadas de falta de investimento no setor (e tome o Exército construindo galpões em Cumbica). No setor externo, o ministro Fernando Pimentel se diz "estupefato" com o avanço dos países asiáticos no comércio internacional, como se esse avanço tivesse acontecido em uma semana e o real tivesse passado de R$ 4 / US$ para R$ 1.67 / US$ de um dia para o outro. O mesmo Pimentel também observou que o saldo da balança comercial neste ano pode ir a apenas US$ 10 bilhões. Bem, o superávit em conta corrente cai desde 2005, virou déficit em 2008 e está nos mesmos níveis (como fração do PIB) do observado no não muito auspicioso 2002. O estrago, seja na perda de competitividade ou no acúmulo de passivo externo, já está feito, e a preocupação do governo agora deveria ser na direção de se preparar para amenizar o impacto do ajuste que virá, ao invés de bravatear o papel de liderança numa suposta "guerra cambial".

A sabedoria popular diz que não se pode ensinar novos truques para cachorros velhos. Em um governo que prega a continuidade, de fato era demais querer da equipe econômica algo muito além do que garantiu o relativo sucesso dos últimos oito anos. No fundo, os idiotas continuam os mesmos, agora com aura de gênios, e o país vai sendo iludido pelo acaso, seduzido por compras em Miami mais baratas do que em qualquer shopping center do país e pelo barulho da mídia e dos políticos. Como disse o professor Eduardo Giannetti há algum tempo, "não éramos tão ruins, nem ficamos tão bons", o que nos leva de volta ao texto de Tóibín:

"...o espírito das coisas aqui continua o mesmo, a cultura da Irlanda não mudou nos anos do boom e não mudará agora que temos diante de nós uma década de relativa pobreza."

O espírito do Brasil também não mudou e nem mudará em pouco tempo. Cabe ao país conhecê-lo e se esforçar para mudar a parte dele responsável pelo nosso atraso.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Correlações

Natalie Portman deve levar o Oscar de melhor atriz. Ou não.


Mais na The Economist.

Feliz Aniversário (atrasado) para...

... a Wikipedia, santa redentora dos amantes de cultura útil e inútil, que completou sua primeira década no último sábado. Mais na The Economist.

Frase(s) do Dia - Dwight D. Eisenhower, há 50 anos

"As we peer into society's future, we -- you and I, and our government -- must avoid the impulse to live only for today, plundering, for our own case and convenience, the precious resources of tomorrow. We cannot mortgage the material assets of our grandchildren without risking the loss also of their political and spiritual heritage. We want democracy to survive for all generations to come, not to become the insolvent phantom of tomorrow."

Dwight D. Eisenhower, 34º presidente dos Estados Unidos, há exatos 50 anos citado por Jeremy Grantham no relatório abaixo -- vale a leitura inteira, sobretudo da tabela que compara alguns indicadores de 1960 com os atuais. Uma curiosidade que eu tive: o Brasil tem 0.31% de advogados na população.


GMO's Jeremy Grantham - I Like Ike

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Quanto vale o Facebook?

US$ 50 bilhões, pelo último aporte feito pela Goldman Sachs e o grupo russo DST (mais na The Economist). Fiz uma comparação desse valor com o valor de mercado de algumas companhias do mundo real (outra curiosidade: US$ 50 bilhões é um ano de PIB da Costa Rica):



Frase(s) do dia - Paulo Coelho (?!?)

Antes da despedida, Coelho fala que também lê jornal de economia, mas compara com ler horóscopo. "Vou guardando as publicações, tempos depois leio e vejo que as previsões de bancos são completamente erradas. Uns dizem que o dólar vai subir, outros que o euro vai cair, aí não compro nem um nem outro. No fim das contas, vejo que teria lucrado x, mas quem ganhou foi o cassino."

Paulo Coelho, Market Wizard, mostrando que bom mesmo é correr atrás da sua lenda pessoal e esquecer os palpiteiros. A entrevista, muito interessante, está no Valor de hoje.

Som da Sexta - Janelle Monáe

Vejam quem vai roubar o show da Amy Winehouse amanhã, em São Paulo. Essa performance, no programa do David Letterman, é matadora. A capa no final, a la James Brown, é um requinte de crueldade.



A música, claro, fala sobre o mercado financeiro:

Before we go-go backwards
Act up, and whether we high or low
We gonna get back up
Like the Dow Jones and NASDAQ

(valeu, Fabrício)

Maldade do dia

A foto abaixo tem circulado com a legenda "Mantega atuando no câmbio":

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Europa, por Rogoff e Krugman

Ainda não li (dia difícil...), mas foram bem recomendados por pessoas insuspeitas:

- Paul Krugman, no NY Times.

- Kenneth Rogoff, no Financial Times.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Gráfico do dia - Otimismo

Está na Folha de hoje.

Dear Mr Mantega,

A coluna Lex, do Financial Times, imagina como seria a correspondência entre Ben Bernanke e nosso amado ministro (aqui).

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

EUA e Japão

Uma comparação incômoda, cortesia de mr. David Rosenberg.

Sushi with Dave (Dave Rosenberg, Jan 11)

I'm turning Japanese
I think I'm turning Japanese
I really think so
Turning Japanese
I think I'm turning Japanese
I really think so
I'm turning Japanese
I think I'm turning Japanese
I really think so
Turning Japanese
I think I'm turning Japanese
I really think so


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

E quando eu achava que não ia ter nada para colocar no blog hoje...

Na Bloomberg, falando sobre os swaps cambiais:

*MANTEGA: DERIVATIVOS, PRINCIPALMENTE SWAP NÃO TÊM RISCO
*MANTEGA: TEMOS CERTEZA QUE NÃO HAVERÁ VALORIZAÇÃO DO REAL


Agradeça, Brasileiro, por poder contar com um homem tão sábio e dedicado nos guiando em um mundo de tanto risco e incerteza.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Gráfico(s) do dia - Como a recessão mudou os EUA

Belo trabalho da The Atlantic (clique para aumentar):

Som da Sexta - Duffy

O esperado disco novo (Endlessly) saiu no finzinho do ano passado, e foi meio decepcionante para quem (como eu) esperava algo tão bom como o Rockferry. Achei esta a melhor faixa.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Ensino superior

Neste caso, o diploma vale muito mais do que os R$ 2636 mensais calculados pelo Marcelo Neri. Ah, correlação não implica casualidade? Ops...

(anúncio no Estado de hoje)


terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Só lembrando...

... que o Ibovespa terminou 2010 aos 69,304 pontos. O porquê da lembrança? A série do final de 2009:

Começa o festival de extrapolação aplicada ao mercado
Festival de extrapolação aplicada ao mercado (2)
Festival de extrapolação aplicada ao mercado (3)
Festival de extrapolação aplicada ao mercado (4)
Festival de extrapolação aplicada ao mercado (5)
Festival de extrapolação aplicada ao mercado (6)

A explicação pronta (pós fato, claro) é que era "só" tirar a Petrobras e as siderúrgicas do índice para ter uma carteira com boa rentabilidade.

Para os analistas americanos, a extrapolação funcionou um pouco melhor (o S&P 500 fechou 2010 a 1257 pontos):


Para este ano, o Valor facilitou minha vida. Guarde para conferir no início de 2011:


Guerra Cambial, versão América Latina

Alguém resolveu levar a ideia de seu Mantega muito a sério:


O Banco Central do Chile anunciou hoje que pretende comprar US$ 12 bilhões para suas reservas internacionais (que são de US$ 26 bilhões). Seria o equivalente, mantida a proporção, ao Brasil anunciar uma compra de US$ 130 bilhões.

Mais no IKN.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

JWT: 100 Things to Watch in 2011

Brigadeiros, Neymar, Pedro Lourenço e outros 97 chutes divertidos. Via Paul Kedrosky.

Oi, 2011

Incrivelmente consegui subir a Serra do Mar sem comprometer (mais) minha sanidade. A semana enforcada deixou bastante coisa para arrumar no trabalho, portanto é provável que, nesses primeiros dias de 2011, as atualizações sejam mais escassas do que o habitual.

Um ótimo 2011 para os fiéis e pacientes leitores. Nos encontramos por aqui.