terça-feira, 9 de agosto de 2011

Capitalismo no pós-guerra, via desenhos animados

Estava zapeando na TV há uns dias e parei na Cartoon Network, que estava passando uma sequência dos fantásticos desenhos da Warner feitos nos anos de 1950 (Looney Tunes). Comecei a ver um chamado By Word of Mouse, de 1954 (o título em Português é totalmente diferente, não vou lembrar). Começa com uma família de ratinhos alemães reunidos em volta do pai (Hans), que conta, em flashback, da sua visita a um primo que mora nos EUA. Chegando lá, Hans se impressiona com a massa de consumidores e opções de compras e é levado pelo primo a uma universidade (Putnell University, não captei a referência), onde um professor-rato fala das vantagens da livre concorrência e do consumo em massa. O professor conclui: "All this raised our standard of living to the highest in the world!"



O cartoon é uma peça tão óbvia de propaganda capitalista do pós-guerra que fui pesquisar qual era a origem. Ocorre que By Word of Mouse é o primeiro de três episódios encomendados a Warner pela Alfred P. Sloan Foundation, do lendário ex-presidente da General Motors que a batizou com seu nome. Os seguintes estão no YouTube e têm páginas na Wikipedia, talvez por serem mais populares - têm como protagonistas os mais carismáticos Frajola [Sylvester] e Hortelino Troca-Letras [Elmer Fudd].

Heir-Conditioned (1955) - Frajola herda três milhões de dólares, e é assessorado pelo Hortelino, que defende o investimento em companhias que pagam bons dividendos, geram inovações e melhor padrão de vida.



Yankee Dood It (1956) - Hortelino é o líder de um grupo de duendes que decide convencer um sapateiro a abandonar o trabalho artesanal (que contava com ajuda dos duendes) e migrar para a manufatura.

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