sexta-feira, 9 de abril de 2010

China e as impressões dos turistas financeiros

O ex-ministro e gestor de fundos Luiz Carlos Mendonça de Barros esteve na China. Sua conclusão (está na Folha de hoje, para quem não é assinante, deve estar em breve no site da Quest)?

"Ainda bem que a economia brasileira está ligada de forma muito forte ao desenvolvimento chinês. Essa vai ser uma das fontes mais importantes para nosso crescimento econômico na próxima década."

Hugh Hendry, do fundo britânico Eclectica, também esteve na China. As impressões dele estão no vídeo abaixo, que virou um cult no mercado financeiro:



Eu acho que a lógica de investir na China e em tudo ligado à sua história de crescimento é um pouco parecida com a do subprime americano (estou terminando o livro de Michael Lewis sobre o assunto, The Big Short. Mais em breve aqui.): tudo vai bem enquanto o país consegue crescer a taxas perto de 10% ao ano. Um espirro, e um monte de casos aparentemente brilhantes começam a fazer água. O Brasil tem que achar sua própria trilha de desenvolvimento, e estar preparado para um mundo menos sedento por commodities. Colar na China não me parece uma boa alternativa.

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